segunda-feira, 11 de junho de 2012

Era uma vez

Ontem contamos a história do João mais uma vez, para um grupo de casais, em um retiro da RCC.
Cada vez que recontamos essa história, ela se (re)atualiza em nós, e mais uma vez aprendemos algo.

O tema era "Fortes na tribulação". Isso quer dizer fortes na dificuldades, firmes no sofrimento... é possível?
Falamos de como o cristianismo entende o sofrimento, que longe de sermos coniventes (acomodados) com as formas de sofrer, somos resignados com aqueles (os sofrimentos) que batem à nossa porta. Há um 'bem sofrer' para o cristão. Ele não sofre porque gosta, sofre porque a vida lhe convoca. Sofre e usa do sofrimento como um trampolim para sua vida (espiritual e natural).
Eu e Fabiano tivemos essa graça. De sofrer. De amar no sofrimento. De sofrer sem perder a esperança. De sofrer e ser alegre. Tivemos a graça de manter-nos "alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração" (Rm 12, 12).

Falar disso no mundo de hoje parece loucura. Porque buscamos o prazer e a felicidade quase desenfreadamente. Muitas vezes acreditamos na ilusão de uma vida sem desencontros, perdas, angústias, frustrações e privações. Como se viver sem passar por certa dose de sofrimento fosse possível... Construi-se um ideal de Felicidade - sim, com letra maiúscula - onde só é possível a felicidade plena, e a harmonia total é a meta. Numa sadia espiritualidade cristã aprende-se que ser feliz e ter dificuldades e sofrimentos nessa vida não são excludentes; vai depender de como encaramos tanto a vida como o sofrimento.

ps.: Pedrinho chorou ontem vendo as fotos de João. Disse que chorava de saudade. Sim contar a história traz também a saudade. Mas é também contar e recontar que alivia a saudade.


A vida é mesmo paradoxal.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns para estes meus filhos tão amados e iluminados por Deus. Para mim, entrar no blog do João Batista é sentir uma saudade boa, daquelas que dói o coração, mas que reafirma tudo que vivi com ele, e tudo que ele me deixou e me ensinou: amor. Nunca mais entrei no hosítal, mas se faço o trajeto para aqueles lados e passo em frente ao hosítal, paresse que se eu entrar vou encontrá-lo. Te amo João Batista, cuida da vó.
Geise e Fabiano me orgulho muito de vces. Belo testemunho que será para sempre: DE FÉ, DE AMOR, DE FIDELIDADE A CRISTO.
DEUS OS ABENÇOE.
vera devit