Então agora, no Brasil, aqueles que forem diagnosticados como anencéfalos (sem cérebro) ainda no ventre materno poderão ter a vida interrompida... a mãe decide sobre seu direito de nascer.
Sei bem que no exercício da autonomia cada um decide o quanto pode sobre sua vida, luta para ser ouvido e ter suas necessidades atendidas. Ter autonomia representa ser responsável por essas decisões também, e isso implica levar sempre em conta o quanto nossa vida influencia e é influenciada pela vida de outros. Sendo assim, não acho que a minha verdade (aquilo que acredito, que entendo como bom, aquilo que decidi para mim e minha vida...) seja válido e deva ser imposto à todos. Não é neste sentido que escrevo. Escrevo para acrescentar na discussão...
Nosso João tinha muitos poucos recursos cerebrais. Não tinha o diagnóstico de anencefalia. Embora os médicos tenham nos dito, mais de uam vez "é como se ele não tivesse cérebro". Tinha haloprosenfalia, microcefalia e hidroencefalia.
Talvez a ciência não o tenha recebido como um sujeito da vida. Mesmo assim demos significado a sua curta vida, ele foi nosso filho e não uma criança sem cérebro, não um sindrômico.
É verdade, teve uma vida restrita. Precisou de suporte e conforto que nos vieram da medicina. Sofreu também. Foi muito amado. Ganhou carinho. E de algum modo comunicou-nos, reagiu, sentiu. Existia vida nele, existia vida em nós ao cuidarmos dele. Não era a vida perfeita, não era a vida que eu teria querido á ele... Mas era uma vida.
Permitir que a vida do João vivesse na nossa, talvez tenha sido a melhor decisão que já tomamos.
Somos pois, depois de tudo isso que nos aconteceu, irrevogavelmente #aFavorDaVida!
Então agora, no Brasil, aqueles que forem diagnosticados como anencéfalos (sem cérebro) ainda no ventre materno poderão ter a vida interrompida... a mãe decide sobre seu direito de nascer.
Sei bem que no exercício da autonomia cada um decide o quanto pode sobre sua vida, luta para ser ouvido e ter suas necessidades atendidas. Ter autonomia representa ser responsável por essas decisões também, e isso implica levar sempre em conta o quanto nossa vida influencia e é influenciada pela vida de outros. Sendo assim, não acho que a minha verdade (aquilo que acredito, que entendo como bom, aquilo que decidi para mim e minha vida...) seja válido e deva ser imposto à todos. Não é neste sentido que escrevo. Escrevo para acrescentar na discussão...
Nosso João tinha muitos poucos recursos cerebrais. Não tinha o diagnóstico de anencefalia. Embora os médicos tenham nos dito, mais de uam vez "é como se ele não tivesse cérebro". Tinha haloprosenfalia, microcefalia e hidroencefalia.
Talvez a ciência não o tenha recebido como um sujeito da vida. Mesmo assim demos significado a sua curta vida, ele foi nosso filho e não uma criança sem cérebro, não um sindrômico.
É verdade, teve uma vida restrita. Precisou de suporte e conforto que nos vieram da medicina. Sofreu também. Foi muito amado. Ganhou carinho. E de algum modo comunicou-nos, reagiu, sentiu. Existia vida nele, existia vida em nós ao cuidarmos dele. Não era a vida perfeita, não era a vida que eu teria querido á ele... Mas era uma vida.
Permitir que a vida do João vivesse na nossa, talvez tenha sido a melhor decisão que já tomamos.
Somos pois, depois de tudo isso que nos aconteceu, irrevogavelmente #aFavorDaVida!
Um comentário:
Obrigado filha, por deixar nós tbm fazer parte da vida do João..tão curta para ós , mas tão cheia de amor.....Parabéns pela decisão de vcs. Bjos
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