"Temos o remédio que cura tudo: o amor", me dizia por telefone a voz cheia de sotaque e esperança da mãe da menina Rayme Vitória (também portadora da sindrome de Patau, que conta já dois anos e meio de vida). Ela ainda me aconselhava a fazer tudo que os médicos pedem, busque eles, questione, mas nós - e ela estava falando da família, dos pais e amigos - temos o que mais eles (esses pequenos lutadores e sobreviventes) precisam... o amor.
E eu, com os olhos cheios de lágrimas, aqui no box três da CTI, olhando para o Joãozinho tive de concordar, balançando a cabeça.
Sabe como o evangelista define quem é Deus?
Com uma frase muito simples "Deus é amor".
Eis porque as frases de minha amiga estavam muito corretas. Deus se faz amor para habitar/morar/ fazer morada conosco. A maior das forças do universo mora aqui
no meio peito.
Sim, força capaz de curar.
Não sei se vai curar o físico de João.
Mas com certeza o tem mantido vivo.
E é, o Deus de Amor que tem nos curado.
Curado nosso egoismo. Curado nossa falta de fé.
O amor nos tem feito livres. O amor nos tem humanizado.
Podemos ser tocados pelo amor através da ternura do João, ou pelos gestos de carinho que o tem cercado.
Ei, mas é preciso esclarecer: quando falo de amor não romanceie demais. Amar não é a homeostase de sentir-se bem, não é simplismente uma sensação de bem-estar e de bem-querer. Amar é decisão, é decidir amar. Amor é compaixão (colocar-se no lugar do outro). Amar é doar um pouco de si. Amar é tornar-se melhor para quem se ama.
Deus é amor.
Você é capaz de amar.
Geise
Um comentário:
é lindo esse amor que vocês sentem... amor de pais, amor de família... de família de verdade, de pais de verdade! João nao teria como ter nascido em uma familia melhor!
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