quinta-feira, 15 de maio de 2014

CONTANDO

Esses dias minha irmã me perguntou "como vocês vão contar sobre o João, ao Caio e ao Filipe?".... (Caio e Filipe são os irmãos nascidos depois do João na família!). Eu, sem pensar muito respondi "ué, contando".
Mas essa pergunta ficou ressoando até virar inspiração para o post.

Contar uma história é reavivá-la. Contar a história de alguém é fazê-lo presente de novo.

Dias depois, Caio - que ainda não fala - do meu colo aponta seu dedinho gordinho para a foto do mano João no porta-retratos. No seu 'bebenês' balbucia alguma coisa intraduzível. Eu respondi ao seu apelo dizendo: Este é teu irmão, o João. E esta foi a primeira vez que falei de Joãozinho pro Caio.

E é assim que vai acontecer. Contaremos a história do mano que já foi morar com Jesus porque era muito especial, quantas vezes a oportunidade aparecer. Manteremos vivas as memórias. Ensinaremos a eles o que aprendemos com João.

Contaremos a história com pinceladas de fantasia infantil, como são os livros infantis. Contaremos a verdade, cheia da magia da infância. Não vamos esperar o momento certo, na vida deles, para contar uma dramática história de nossa família, não vou esperara que estejam 'prontos para entender'.. Vamos contando com a vida. Do mesmo modo como se contam as histórias sobre o dia do nascimento, a escolha do nome e as estripulias dos pequenos. Mostraremos as fotos e as recordações guardadas. Os levaremos ao túmulo, rezaremos juntos. Lembraremos o dia de seu nascimento e de sua partida juntos como família. Pediremos ajuda aos manos mais velhos Pedro e Ana Luíza, que frequentemente falam no Joãozinho...


Desenho do Pedro na semana em que trabalhavam o 'Dia das Mães'. A orientação era para desenhar ele com a mamãe, mas acabou desenhando todo mundo... Caio está engatinhando no desenho, Filipe na barriga da mamãe e João é uma estrela no céu... O coração azul no meio não é um rabisco é a manifestação de aprovação da professora!

Um comentário:

Unknown disse...

...Deus nos emprestou o João Batista, para que o amássemos, por um período tão curtinho, mas intenso e marcante, tanto que parece que ele viveu longos anos com a gente. Ele ainda é muito presente em mim, no meu viver, no meu dia a dia.... e ademais, porque esquecer um anjo tão bom como ele foi para nós? Amei, Amo e sempre o Amarei, minha estrela ruiva cadente e brilhante de onde estiveres cuida desta velha vó, que não conseguistes ouvi-la nem enxerga-la, mas tenho certeza que sentistes a minha presença ao teu lado beijando tuas bochechas gordinhas. Em breve nos encontraremos.... Até logo.
Por Vó Vera.